Cobertura Bangers Open Air - 04/05

O domingo, último dia de Banger Open Air, também prometia. 

Apresentações de bandas como Blind Guardian, Avantasia, Vader e Wasp eram muito aguardadas. Próximo ao meio dia e com um sol para cada um o Beyond the Black começou seu show. 

E já vale a pena mencionar: Foi o melhor show de abertura de todos os dias de Bangers Open Air 2025. Que banda! Eles começaram muito bem :“In the Shadows”, que faz parte do disco Songs of Love and Death. 

O público já era bom, o que mostra que muitos headbangers estavam ansiosos pelo show da banda. Muito bem recebida pelo público deram sequência a apresentação avassaladora com músicas como “Hallelujah” que tem um refrão fortíssimo e incendiou o público. A vocalista Jennifer Haben é talentosíssima e muito carismática. Agradeceu o público o tempo inteiro pela ótima recepção e agitou durante todo o show. 

O guitarrista Chris Hermsdörfer tem muitas influências de prog metal. É algo bem perceptível nos riffs e especialmente nos solos de guitarra muito bem construídos e rápidos. 

“When Angels Fall” e “Songs of Love and Death” também foram lembradas e muito comemoradas pelo público. O som do Beyond the Black também tem um apelo pop. "Songs of Love and Death" é um exemplo disso, mesmo assim a banda não abre mão do peso. Impossivel não mencionar as viradas do baterista. Insanas!!! Esse som ficou melhor ao vivo do que no disco. O que é muito bom!  

A melhor parte e que o público mais interagiu foi em “Reincarnation” do disco mais recente e auto intitulado. Com palmas e cantando o refrão a plenos pulmões, os headbangers acompanharam a banda o tempo inteiro. Ainda rolaram sons como “Wounded Healer” e “Shine and Shade” encerrando muito bem o primeiro show do domingo. 


Setlist: In the Shadows / Hallelujah / When Angels Fall /Songs of Love and Death / Lost in Forever / Heart of the Hurricane / Is There Anybody Out There? / Reincarnation / Wounded Healer / Shine and Shade. 

Crédito fotos: Anderson Hildebrando

Era o momento de conferir um show de uma banda nacional. 

Como mencionando em outra matéria, bandas emergentes também tem seu espaço no Bangers e uma das mais aguardadas era o Hatefulmurder, do Rio de Janeiro. Eles se apresentaram no Waves Stages em um ambiente menor e mais intimista. 

Logo no começo Angélica Burns pediu para o público se levantar das poltronas e se aproximar do palco. O som estava perfeito e eles abriram de forma brutal com “Unshaken”, terceira faixa do álbum mais recente I Am the Power. A pegada mais hardcore desse som foi a deixa para a galera bater cabeça de forma insana. 

O vocal de Angelica Burns é algo impressionante. Ela tem uma performance monstruosa e já merece ser reconhecida como uma das grandes vozes do metal extremo brasileiro. 

“Amusing Ourselves to Death” também do disco mais recente foi a próxima com Thomás descendo o braço na batera durante a intro. Destaque para o guitarrista Renan Campos que mandou muito no solo dessa música e em todo o show. 

Apesar do setlist curto foi um show intenso! “Reborn” do álbum anterior ficou incrível ao vivo. A qualidade do som do Waves Stage não deixa nada a desejar para os outros palcos. 

A banda então começou a apostar em clássicos e “Red Eyes” talvez seja o maior deles. Com a participação de Mayara Puertas ficou ainda mais brutal. 

“Crime e Castigo”, a única do setlist em português,  também do disco mais recente, agradou os headbangers. “Call Out Your Soul” foi outra que ficou insana ao vivo. 

É importante mencionar que o Hatefulmurder conseguiu levar um bom público ao Waves Stage, mesmo com toda a concorrência de horários que existe no festival. “I Am That Power” e “Creature of Sorrow” , essa última com mais uma participação de May Puertas encerraram muito bem o show dos cariocas que comprovaram que são uma das bandas mais promissoras da cena underground.

 Setlist: Unshaken / Amusing Ourselves to Death / Reborn / Silence Will Fall / Red Eyes / Crime & Castigo / Call Out Your Soul / I Am That Power / Creature of Sorrow.

Crédito foto: @thiagohenriquefotografia 


Após a excelente apresentação do Hatefulmurder era hora de enfrentar uma caminhada e voltar para o ice Stage para assistir o que foi um dos melhores shows dessa edição do Bangers Open air: Paradise Lost!!!! 

Com um som mais gótico, as vezes até depressivo em suas melodias , mas muito pesado, a banda com certeza agradou o excelente público que já se fazia presente no Memorial da América Latina. 

Começaram com “Enchantment”do disco mais amado pelos fãs Draconian Times. Era nítido no clima do show que o Paradise Lost era uma das bandas mais esperadas. A trinca “Forsaken”, “Pity the Sadness” e “Faith Divides Us - Death Unites Us” deixou todos hipnotizados com a performance dos caras. “Eternal” do álbum Gothic talvez tenha sido a melhor de todo o setlist. A reação do público a esse som foi incrível. 

Sem firulas ou pirotecnias, o Paradise Lost conseguiu manter o público nas mãos e interessado durante toda a apresentação. 

Algumas outras que se destacaram foram “As I Die”, com sua pegada bem Sisters of Mercy e “The Last Time”. O Bangers veio abaixo quando anunciaram  “No Hope in Sight”. 

Encerraram com ”Say Just Words”. Com certeza a apresentação do Paradise Lost está no Top 5 de quem compareceu ao Bangers 2025.

 

Setlist: Enchantment / Forsaken / Pity the Sadness / Faith Divides Us / Death Unites Us / Eternal / One Second / The Enemy / As I Die / Smalltown Boy / The Last Time / No Hope in Sight / Say Just Words. 

Crédito fotos: @rogeriovonkruger


Caminhando pela rampa e chegando do outro lado do Memorial da América Latina o público se deparou com os preparativos para o show do Vader. 

Os headbangers também estavam ansiosos para conferir o death metal dos poloneses e eles não decepcionaram. O show foi brutal. 

“Wings” faixa que abre o álbum  Litany, de 2000, foi a escolhida para começar a apresentação avassaladora. Quem ficou mais perto do palco conseguiu ver o baterista com uma camiseta do Krisiun. Os brasileiros realmente são uma entidade da música extrema mundial. E isso é só mais uma prova. 

As extremas “Black to the Blind” e “Dark Age” também entraram no setlist acertadamente. Ambas pesadissimas, com excelentes linhas de bateria, solos e riffs insanos. A banda ao vivo é matadora. 

O que falar de “Go to Hell”? A faixa abre o excelente Tibi Et Igni, de 2014, e chegou como uma voadura com os dois pés no peito de quem acompanhava o Sun Stage. 

Quando o vocalista Piotr Wiwczarek anunciou “Silent Empire” o público foi ao êxtase. Que puta som!!!!! Também tocaram “Triumph of Death” do mesmo disco e encerraram com “Helleluyah!!! (God Is Dead)” do disco Impressions in Blood, de 2007. 

Uma apresentação brutal do Vader que ainda deixou o palco ao som da marcha imperial do clássico Star Wars. 

Setlist: Wings / Black to the Blind / Dark Age / Go to Hell / Carnal / Silent Empire / Triumph of Death / Unbending / This Is the War / Helleluyah!!! (God Is Dead). 

Crédito fotos: Anderson Hildebrando


Voltando ao Ice Stage, a banda da lenda Kerry King se preparava para subir ao palco. Divulgando sua carreira solo, o guitarrista do Slayer entrou as 16:25 para um excelente público. 

O setlist foi baseado em seu novo trabalho From Hell I Rise que tem uma pegada bem Slayer. Claro que a banda preparou algumas surpresas. 

Depois da Intro Diablo, entraram com a faixa que abre o álbum “Where I Reign”. O vocal "gritado" de Mark Osegueda lembra muito Tom Araya, o que deixou as músicas ainda mais parecidas com Slayer. 

Eles mudaram apenas a ordem de execução das músicas, mas tocaram vários sons desse disco como: “Rage”, “Trophies of the Tyrant”, “Residue” e “Two Fists”. Essa talvez a melhor: pesada, direta, crua e com a performance mais brutal de Mark Osegueda em todo o trabalho!!!! Mais uma bem Slayer! 

A primeira surpresa foi “Disciple”, segunda faixa do maravilhoso God Hate Us All. Parte do público que desejava sons do Slayer no setlist não só agradeceram como foram pro mosh. 

Na sequência Mark Osegueda anunciou uma homenagem a ninguém menos que Paul Dianno. Inesperadamente mandaram Killers do Iron Maiden. Claro que todos amaram! 

Mark fez questão de lembrar que o vocalista foi inspiração para todos os músicos da banda. Que momento incrível. 

Logo depois voltaram para o álbum From Hell I Rise executando a faixa “Shrapnel”. Na sequência, o suspense,  as luzes vermelhas e as batidas na bateria mescladas com os primeiros acordes anunciavam o clássico que seria executado: Rainning Blood!!!! 

Um dos maiores clássicos do thrash metal fez desse um dos momentos mais incríveis do bangers 2025 e, como se não bastasse ainda tocaram “Black Magic.” 

Não precisava de mais nada, mas a banda ainda mandou o single “From Hell I Rise” do disco solo de Kerry. Brutal e Emocionante!!!

 

Setlist: Where I Reign / Rage / Trophies of the Tyrant / Residue / Two Fists / Idle Hands / Disciple / Killers / Shrapnel / Raining Blood / Black Magic / From Hell I Rise. 

Crédito fotos: Anderson Hildebrando 

Logo depois o Hot Stage traria Blind Guardian! Algo completamente diferente, mas não menos importante. 

E foi muito legal ver que o público aguardava ansiosamente ambas as atrações. Curtiram os dois shows, o que mostra que o público abraçou a ideia de diversidade de estilos no festival. Mais um ponto para a organização!!! 

Pontualmente as 17:30 eles subiram ao Hot Stage e o público logo reconheceu os primeiros acordes de “Imaginations From the Other Side”. Lindissima e ótima escolha para começar. 

“Blood of the Elves” do disco de God Machine lançada em 2022 foi executada e o público recebeu muito bem. 

Uma das surpresas do setlist foi “Mordred's Song” também do disco Imaginations From the Other Side e que não era executada desde 2017. Sorte de quem compareceu ao Bangers. 

“Violent Shadows” mostrou um Blind Guardian mais pesado e menos Power metal. Ficou insana ao vivo! 

O excelente disco Nightfall in Middle‐Earth foi lembrado com a faixa “Into the Storm” também muito comemorada e cantada por todos. Em certa altura do show também rolou um Parabéns Pra Você por parte do público. O vocalista Hansi Kürsch explicou que o guitarrista André Olbrich fazia aniversário e claro que todos entenderam o recado. 

Outra surpresa foi “Tanelorn (Into the Void)” que não era tocada pela banda desde 2016. 

Depois de sons como “Bright Eyes”, “Time Stands Still (At the Iron Hill)” e “And the Story Ends” era o momento daquela balada e ela veio: “The Bard's Song - In the Forest”. 

O publico dividiu os vocais com Hansi Kürsch de forma incrível. E sim!!! Teve marmanjo chorando nesse momento. E muito!!!!

Encerraram com as clássicas Mirror Mirror e Valhalla. Um show incrível para ficar na história do Bangers Open Air. 

Setlist: Imaginations From the Other Side /Blood of the Elves / Mordred's Song / Violent Shadows / Into the Storm / Tanelorn (Into the Void) / Bright Eyes / Time Stands Still (At the Iron Hill) / And the Story Ends / The Bard's Song - In the Forest / Mirror Mirror / Valhalla. 

Crédito fotos: @raphagarcia


O WASP seria a penúltima banda a se apresentar no Bangers. Os únicos que tiveram um leve atraso de 10 minutos. O show dos caras começou de forma surpreendente: abriram com o maior clássico da banda “I Wanna Be Somebody”. E mais: o show acabou sendo uma comemoração do debut da banda que completa 40 anos. 

O líder Blackie Lawless não mostra o mesmo vigor de antigamente, ainda que sua voz ainda soe muito boa ao vivo, mas a postura de palco do americano com certeza é mais contida. 

Diferente de seus parceiros, principalmente Aquiles Priester, batera do WASP desde 2017, e que mostrou muito entusiasmo durante toda a apresentação. 

Aliás um momento bem legal foi quando os integrantes saíram para que o músico brasileiro pudesse “falar com seu povo”. 

Segundo ele mesmo, Blackie questionou momentos antes se ele preferia um solo de batera ou conversar com o público. Visivelmente emocionado Aquiles preferiu falar e ressaltar a importância de todos em sua carreira e a presença dos headbgangers no festival. 

Durante as músicas, o telão exibiu imagens antigas da banda. Muitas delas em baixíssima resolução. Seria algo proposital para trazer um clima de nostalgia???? Talvez! 

Algumas músicas que se destacaram foram “L.O.V.E. Machine”, “On Your Knees” e a balada “Sleeping (In the Fire)”. Ainda rolaram “The Real Me”, do The Who, e acrescentaram mais 3 músicas para encerrar “Forever Free / The Headless Children”, “Wild Child” e “Blind in Texas”. 

Um ótimo show que relembrou um dos discos clássicos do heavy metal. 

Setlist: I Wanna Be Somebody / L.O.V.E. Machine / The Flame / B.A.D / School Daze / Hellion / Sleeping (in the Fire) / On Your Knees / Tormentor / The Torture Never Stops / The Real Me /Forever Free / The Headless Children / Wild Child / Blind in Texas. 

Crédito fotos: Anderson Hildebrando


Restou ao Avantasia, de Tobias Sammet, encerrar o Bangers Open Air 2025. Praticamente na sequência do Wasp a banda subiu ao Hot Stage com  “Creepshow” do recém lançado Here Be Dragons. A reação do público foi a melhor possível. 

“Reach Out for the Light” foi a próxima com participação da backing vocal Adrienne Cowan. Aliás essa seria só uma das participações especiais no show da banda. Os microfones de Tobias Sammet apresentaram problemas em alguns momentos e ele precisou do auxilio da equipe em várias ocasiões, mas nada que tenha comprometido a apresentação. 

“The Witch” com Tommy Karevik, do Kamelot, e Devil in the Belfry com Herbie Langhans também funcionaram bem demais. Logo depois Tobias anunciou a presença de Eric Martin do Mr Big que mandou “Dying for an Angel” junto com a banda. 

“Twisted Mind” do cultuado The Scarecrow e, segundo o próprio Tobias durante o show: um dos discos mais especiais da banda, foi executada com a participação de Eric Martin e Ronnie Atkins, do The Pretty Maids que se juntou a banda não apenas nesse momento, mas em vários outros. 

“Avalon” também do novo álbum foi executada e com uma brincadeira de Tobias que pediu para as pessoas gostarem dos discos novos para que eles possam voltar muitas outras vezes. 

A galera entendeu o recado e comemoraram demais quando o vocalista anunciou a música novamente. Também rolaram a faixa “The Scarecrow” com Ronnie Atkins novamente. 

Foi um grande show com uma produção de palco lindíssima e pirotecnia. 

O quase brasileiro Jeff Scott Soto deu o ar da graça em “Shelter from the Rain”. A banda deixou o melhor para o bis com as clássicas: “Lost in Space” (aqui Tobias fez questão de lembrar que se trata da única música do Avantasia a entrar nas paradas, mas segundo o próprio: Quem liga??) e “Sign of the Cross / The Seven Angels” com todos os convidados. Essa cantada de forma intensa por todos headbangers. 

E assim fecharam não só Hot Stage, mas o festival. Um show memorável e do tamanho do Bangers Open Air. Voltem logo!!!! 

Ainda vale destacar os shows do Destruction, que tocou o disco Infernal Overkill na integra, além de clássicos como Thrash 'Til Death e Destruction) e Nile que fez uma apresentação brutal tocando sons como "Black Seeds of Vengeance", "Sarcophagus" e Lashed to the Slave Stick.

Setlist: Creepshow / Reach Out for the Light / The Witch / Devil in the Belfry / Dying for an Angel / Twisted Mind / Avalon / The Scarecrow / The Toy Master / Shelter from the Rain / Farewell /Let the Storm Descend Upon You / Death Is Just a Feeling / Lost in Space / Sign of the Cross / The Seven Angels.

Crédito fotos Avantasia: Anderson Hildebrando

Crédito fotos Nile: MHermes Arts

Cérdito foto Destruction @marcoshermes


A organização está de parabéns em todos os quesitos já que a qualidade das bandas, som, palcos e demais atrações foram impressionantes. 

Além das pessoas de outros Estados e até de fora do país, como mencionado anteriormente, foi lindo ver a presença de crianças em todos os dias. E muitas!!! Pais com seus filhos nos ombros curtindo um final de semana com muito metal. O que mostra que uma nova geração está sendo preparada para manter a chama acesa e o nosso querido heavy metal vivo!!!! 

A edição 2026 já está confirmada e acontece nos dias 25 e 26 de abril no mesmo local: Memorial da América Latina. Ingressos a venda no link abaixo: https://www.clubedoingresso.com/evento/bangersopenairbrasil2026 

Nos vemos lá??????

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