Cobertura: Drama, When I Die e The 69 Eyes – Fabrique, 31/08
A noite de 31 de agosto, na Fabrique, em São Paulo, foi uma verdadeira celebração do gótico e do rock sombrio, reunindo três grandes atrações: a carioca Drama, os paulistas do When I Die e, diretamente da Finlândia, os veteranos do The 69 Eyes.
Drama – Peso, melodia e performance
Quem abriu a noite foi a Drama, banda do Rio de Janeiro que impressionou pelo visual forte e pela presença de palco do vocalista Eddie Drama, que surgiu usando um sobretudo brilhante e comandou a apresentação com atitude.
CRÉDITO FOTO :PAULA CAVALCANTE / @EYEOFODIN.PHOTO
O setlist começou com “Onde Isso Vai Parar”, faixa de sonoridade industrial marcada por uma introdução eletrônica e guitarras pesadas, lembrando nomes como Ministry e Pain.
A atmosfera foi construída entre momentos pesados e outros mais angustiantes, mostrando a diversidade da proposta da banda.
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Faixas como “O Monstro”, mais rock and roll, e “Surfando no Clonazepam”, com uma bela melodia e clima anos 80, deram o tom da apresentação.
Essa última levantou a galera especialmente quando Eddie pediu interação do público. Já “Marche ou Morra” trouxe os riffs mais pesados da noite, enquanto a introspectiva “Canção dos Derrotados” revelou um lado melódico e sombrio, com letra densa e marcante.
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O encerramento veio com “Obrigado”, que manteve o tom mais balada e fechou a performance de forma emocionante.
Com teclados criando ambientes soturnos e um instrumental bem ensaiado, a Drama mostrou maturidade musical, misturando peso, melodia e elementos industriais de maneira envolvente.
Um show que deixou o público pedindo o retorno da banda ao palco paulistano em breve.
Setlist:
01- Onde Isso Vai Parar
02- O Monstro
03- Surfando no Clonazepam
04- Marche ou Morra
05- Canção dos Derrotados
06 - Obrigado
When I Die – Som sombrio com energia contagiante
Na sequência, foi a vez da banda paulistana When I Die, que trouxe um show carregado de influências de post-punk e darkwave lembrando bandas como Sisters of Mercy.
O vocal de Johnny Monster, alternando entre linhas limpas e agressivas, contrastou de forma poderosa com os backing vocals femininos de Juliana Chacon, que brilhou em “Pills”, mostrando técnica vocal impressionante.
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Entre os destaques, estiveram o single recente “Hells Bells”, em uma versão sombria que funcionou muito bem ao vivo, e “Zombified”, a mais pesada do setlist.
O ponto alto foi “Doomsday”, com um refrão contagiante que conquistou o público.
Uma curiosidade é que a banda não possui um baterista e usa recursos eletrônica. Funcionou muito bem.
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O show foi encerrado com uma versão de “Lucretia”, clássico do Sisters of Mercy, que fechou a participação da banda com chave de ouro.
Set List
01 For You In Hell
02 Pills
03 Hells Bells single novo
04 Zombified
05 Black Death Party
06 Doomsday
07 Lucretia / Sisters of Mercy
The 69 Eyes – Carisma e clássicos finlandeses
Encerrando a noite, os vampiros de Helsinke: The 69 Eyes, incendiaram a Fabrique com uma apresentação cheia de energia, clássicos e surpresas.
Abrindo com o clássico “Devils”, a banda já mostrou que o show seria intenso, e o público respondeu com energia total, cantando, pulando e vibrando a cada acorde.
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O vocalista Jyrki 69 se mostrou extremamente carismático e performático, interagindo o tempo todo com a plateia, cantando de joelhos em alguns momentos e até fazendo dancinhas que arrancaram risadas e aplausos da galera.
A banda inteira estava afiadíssima: os guitarristas entregaram solos precisos e cheios de impacto, o baixista se destacou pela pegada e precisão. Um dos destaques foi o baterista Jussi 69: um verdadeiro motor da apresentação, tocando com raça e impondo ritmo em todas as faixas. Além de agitar o tempo todo.
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O setlist transitou habilmente entre clássicos e músicas do disco mais recente. Faixas como “Gotta Rock” e “Drive” soaram impecáveis ao vivo, com melodias marcantes e refrões poderosos.
A banda ainda surpreendeu ao incluir “Still Waters Run Deep”. Jyrki 69 esclareceu que a música normalmente não entra no setlist, mas resolveram abrir uma excessão dessa vez, agradando especialmente os fãs de longa data.
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Momentos como “Cheyenna” e “Never Say Die” foram cantados em uníssono por toda a Fabrique, provando que os clássicos nunca envelhecem.
A parte melódica também brilhou com “The Chair”, que abriu com uma intro bem melódica lembrando H.I.M., e “I Love the Darkness in You”, que hipnotizou os presentes.
Entre os destaques da noite, não poderia faltar “Brandon Lee”, um dos maiores clássicos da banda, executado com perfeição.
Um dos momentos mais especiais do show foi o feat com Supla, carinhosamente apelidado pela banda de "Papito Vampire". Tocaram “I Just Want to Have Something to Do” dos Ramones, trazendo ainda mais energia e surpresa para os fãs.
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A banda encerrou a noite com “Dance d’Amour”, acompanhada de bexigas pretas, e a maravilhosa “Lost Boys”, fechando o espetáculo de forma épica.
Jyrki, anda confessou que usava óculos escuros o tempo todo para esconder as lágrimas diante de um público tão incrível.
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Essa noite na Fabrique foi mais do que um show: foi uma celebração da conexão entre banda e fãs, de clássicos atemporais e de uma performance que ficará marcada na memória de todos os presentes.
Que os vampiros de Helsinque voltem em breve...
01-Devils
02-Feel Berlin
03-Perfect Skin
04-Betty Blue
05-Gotta Rock 06-Still Waters Run Deep
07-Drive
08-Hevioso
09-The Chair
10-Cheyenna
11-Never Say Die
12-Gothic Girl
13-Wasting the Dawn
14-I Love the Darkness in You
15-Brandon Lee
bis
16-Just Want to Have Something to Do (Ramones cover) (with Supla)
17-Dance d'Amour
18-Lost Boys
Em breve cobertura completa também no podcast...
Agradecimentos: Tedesco Midia e Paula Cavalcante.