03 Feb
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O Invisible Control foi uma grata surpresa no metal brasileiro que vem se destacando desde a sua formação em 2020. A banda é formada por músicos de Recife, Maceió, Natal e traz Daniela Serafim (vocal), Dennys Bodex (guitarra),  Marcelo Melo (guitarra), Marcos Flávio (baixo) e Wagner Campos (bateria).  A proposta é de um som técnico, melódico e agressivo, abordando temas políticos, religiosos, fanatismo, fobias e outras coisas que atormentam o ser humano. 

Eles fizeram sua estreia ainda em 2020 no Roadie Crew on line festival e criaram grande expectativa na critica e público com relação ao primeiro álbum. “Created in Chaos”, que será lançado em 25 de fevereiro e não decepciona. Pelo contrário, traz uma banda extremamente competente e uma mixagem e masterização impecáveis de Martin Furia (Nervosa, The Damnnation, Eskrota). 

O disco abre com a faixa título que faz jus ao nome: Brutal com excelentes melodias e trabalho de guitarras. A vocal Daniela Serafim já mostra a que veio com um vocal gutural potente e agressivo. “Killing another one of us” começa com uma pegada mais heavy e vai crescendo até virar um death metal que te faz bangear como se não houvesse amanhã. 

A pedrada segue com”Purgatory”. A faixa traz um solo devastador no inicio e riffs certeiros. Um death Metal moderno e avassalador. A bateria desse som é insana! 

“Devoures” quebra um pouco o ritmo trazendo um dedilhado belíssimo na introdução. Em todas as músicas a vocal Daniel Serafim mostra muita competência alternando vocais guturais com projeções mais rasgadas e muita segurança. A interpretação dela também é impecável. Essa música tem um refrão mais melódico. “Invisible to you” é outro destaque, seguida por “Cold Blood” e “Sons of the Damned” com ritmos frenéticos e mostrando uma banda extremamente técnica, virtuosa, mas sem perder o lado visceral e agressivo. Todos solos, riffs são extremamente bem executados.

 “Sons of the Damned” também aborda um tema pesado sobre um genocídio cultural. Em 2021, no Canadá, acharam restos mortais de crianças indígenas em covas rasas próximas a escolas e igrejas . Padres e freiras faziam essas crianças esquecerem suas origens por considerarem mundanas. As que não se adaptavam eram torturadas e mortas. Muitas dessas igrejas foram queimadas em sinal de protesto. 

“Cursed be” encerra o álbum de forma brutal com passagens mais sombrias, solo belíssimo e mais uma interpretação impecável da vocal Daniela Serafim. 

O Invisible Control mostra muita garra, apetite e técnica nesse primeiro trabalho e não deixa nada a desejar para outras grande bandas do estilo no metal nacional e internacional.

O álbum fisico ainda traz duas opções de capas.

 Agora é aguardar a tour para conferir essas pedradas ao vivo!

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