Sepultura - Sepulquarta

Fazer uma resenha de qualquer novo lançamento do Sepultura é sempre um desafio grande. Afinal, trata-se da maior banda de metal do Brasil e que desperta paixões em todos que seguem a banda há décadas. Mas vamos lá!  

Na última semana, a banda anunciou o lançamento de Sepulquarta. Um projeto que abraçaram durante a pandemia na impossibilidade de excursionar e divulgar o aclamado “Quadra”, tido como um dos grandes discos da carreira do Sepultura.

 Esse foi um projeto que contou com a parceria da Agência 1 a 1 e que se tornou grandioso. Toda quarta feira a banda trazia convidados em lives abordando diversos assuntos e claro: Tocando! Ele tomou uma proporção tão grande que a banda decidiu registrar num  álbum. E o resultado é excelente. 

Sepulquarta traz músicas de todas as fases da banda e já abre com uma versão furiosa de Territory, que traz David Ellefson como convidado. Seguido por Cut-Throat, uma das melhores do disco Roots. Mas aqui com a pegada de Scott Ian que trouxe ainda mais peso para a música. Uma das versões mais curiosas foi de Sepulnation com Danko Jones. Alternando vocais guturais de Derrick com limpos da banda convidada, deu um contraponto e uma “cara” diferente para a música. 

Já na época em que foi ao ar, achei legal demais o fato da banda reconhecer e abrir espaço para as mulheres do metal nacional. E o resultado é a minha preferida do disco: Hatred Aside, do Against e que tem, além de Derrick nos vocais: Angélica Burns (Hatefulmurder), Fernanda Lira (Crypta) e May Undead (Torture Squad). As três acrescentaram sua identidade, versatilidade e uma pitada a mais de brutalidade. 

Sepulquarta ainda conta com outros clássicos como: Slave New World, Kaiowas, Orgasmatron e músicas recentes como: Phantom Self do Machine Messiah e Fear, Pain, Chaos, Suffering do mais recente Quadra. O álbum é mais um lançamento que confirma o grande momento que o Sepultura vive. 

Que venha a tour!